Criança internada na UTI do Hospital de Trauma assiste espetáculo circense
Atendendo as diretrizes de humanização da saúde pública
brasileira, o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena,
em João Pessoa, ofereceu nessa quinta-feira (12) atividade lúdica para uma
criança internada há dois anos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O
paciente, de quatro anos de idade, recebeu oportunidade de sair do leito para
assistir um espetáculo circense dos palhaços Patati e Patatá.
O paciente, a avó materna, a irmã e uma equipe multidisciplinar formada por
mais de 10 profissionais participaram da atividade. “A saída do nosso pequeno
herói do leito da UTI para assistir ao espetáculo foi muito especial para ele e
muito mais para todos que puderam fazer parte desta lembrança. A equipe
multidisciplinar colaborou de forma decisiva para tudo isso se concretizar e
isso nos traz uma felicidade imensa. Sonhamos, acreditamos e lutamos para que
este momento acontecesse”, explicou o diretor geral do hospital, Leonardo
Leite.
Leonardo Leite esclareceu ainda que todas as precauções necessárias foram
tomadas para o pequeno paciente deixar o leito. “Planejamos tudo com bastante
cuidado. Pensamos em cada detalhe da saída dele, tendo em vista que a
oportunidade foi única, mas em nenhum momento deixamos de lado os cuidados
prioritários com o nosso garotinho”, frisou.
A pediatra da instituição, Carol Falcão, que acompanhou de perto todos os
passos do paciente, antes, durante e pós o espetáculo, acredita que o processo
de humanização pode ser o mais forte dos remédios. “O dia de hoje foi muito
esperado, pois sempre tínhamos o desejo de retirar ele do leito e levá-lo para
conhecer o que está ao seu redor. Hoje conseguimos concretizar esse sonho,
então percebemos que tudo vale a pena para arrancar esse belíssimo sorriso
deste pequeno sonhador”, explicou.
Rosilene Martins, avó da criança, destacou que esse dia vai ficar guardado na
sua lembrança para todo sempre. “Não tenho nem palavras para agradecer tudo o
que as pessoas que trabalham neste hospital fazem pelo meu neto. É uma
felicidade sem fim saber que ele, mesmo com tantas dificuldades, está aqui
vivo, feliz e participando desta diversão”, ressaltou.
A fisioterapeuta Josiana Avelar destacou que o adoecimento de uma pessoa e sua
internação na UTI também implica numa modificação da dinâmica familiar, por
isso a equipe do hospital participa bastante da vida do paciente. “O impacto
dos aspectos envolvidos no tratamento do paciente grave e tudo que faz parte
deste cuidado causam influência na equipe cuidadora e faz com que laços
emocionais sejam criados. Nós temos esse paciente como um filho e vê-lo feliz
assim nos emociona bastante”, finalizou.
SecomPB
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