Auxílio emergencial de R$ 600 pode ser prolongado, diz Mourão
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRB) disse nesta
segunda-feira (27) que o governo pode prolongar a ajuda emergencial de R$ 600, caso seja
necessário socorrer pessoas desempregadas pela crise do coronavírus. Segundo o
vice, a manutenção da ajuda emergencial para além dos três meses inicialmente
definidos poderá ser uma forma de o governo se manter distante de “uma ameaça à
perturbação social”, como foram os protestos de 2013 no Brasil, ou a recente
revolta popular no Chile.
Mourão apontou que a área de inteligência do governo está
atenta a sinais de “perturbação social”, que, por enquanto, em sua avaliação,
ainda não existem, mas que é uma preocupação.
“Não temos nenhum indício de
perturbação social, mas está sendo acompanhado pela área de inteligência do
governo de forma diuturna, no sentido de a gente não se deixar surpreender por
isso e, caso necessário, poderá ser mantida essa medida de auxílio às pessoas
que estão desempregadas por mais de um tempo”, disse o vice, ao
participar de uma entrevista transmitida pela internet com a Arko Advice.
Na manhã desta segunda-feira (27/04) o presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) disse que não há previsão do pagamento do auxílio
emergencial de R$ 600 destinado a autônomos e informais para outras categorias.
“São três parcelas de R$ 600. Não está prevista a ampliação, até por que cada
parcela está na casa, um pouco acima, dos R$ 30 bilhões. Não está previsto isso
daí [ampliar o número de categorias atendias], se houver necessidade, e nos
convencerem, e se tiver recurso para tal a gente estuda se defere ou não”,
reforçou.
Na entrevista, o vice ressaltou que é importante que o
Estado incentive a retomada da economia por meio obras públicas, como está
proposto no programa Pró-Brasil desenvolvido pela Casa Civil. Na entrevista, o
vice ponderou que é preciso manter o equilíbrio fiscal e aproveitou para atacar
o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. “Precisamos nos manter dentro do
limite das nossas capacidades se não terminaremos pior que o governo Dilma”,
afirmou.

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