EUA e Japão disparam críticas à OMS
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras
críticas à OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta 3ª feira (7.abr.2020) por
meio do Twitter.“A OMS estragou tudo”, disse em relação a
condução do combate à pandemia da covid-19, doença causada pelo novo
coronavírus.
“Felizmente não segui seu conselho de deixar a fronteira com a China
aberto desde o início”, escreveu Trump, que acusou a organização de
ser “sinocêntrica”, embora “fortemente custeada por recursos
norte-americanos”. “Por que nos deram 1 conselho tão errado?”,
questionou.
O presidente norte-americano não foi o único líder de uma
nação a proferir críticas à OMS. No fim de março, o vice-primeiro ministro do
Japão e ministro das finanças do país, Taro Aso, disse a políticos japoneses
que a organização deveria mudar seu nome para “Organização Chinesa de
Saúde”. Afirmou ainda que se a OMS não tivesse insistido que a China não tinha
epidemia de “pneumonia” –o que se desconfiava antes da descoberta da
doença–, todos teriam tomado precauções.
Taro Aso comentou ainda sobre Taiwan, uma ilha localizada ao
leste da China. Para ele, a ilha só se tornou líder mundial no combate ao vírus
chinês porque descartou as recomendações da OMS.
Até esta 3ª feira, o Japão registrou 3.906 casos e 92 mortes
em decorrência da doença. Os EUA registraram 377.605 casos e 11.784 mortes. Já
Taiwan tem 376 casos e 5 mortes.
No Brasil, em entrevista ao Poder em Foco, programa em
parceria do Poder360 e o SBT, em 27 de março, o ministro das
Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse ser contra a liderança da OMS no combate à pandemia da
covid-19. Para o chanceler, apesar de a propagação da doença ter se
estabelecido como uma crise global, “isso não significa necessariamente
que a solução tenha que ser única”. O ministro defendeu a liderança dos
países considerando que deve ser levada em conta a especificidade demográfica e
econômica de cada nação.

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