Entidades da Segurança Pública planejam Assembleia Geral Unificada em janeiro
O Fórum das Entidades das Polícias Civil e Militar da
Paraíba, composto por 14 entidades das Polícias Militar, Civil e o Corpo de
Bombeiros, pretende se reunir na próxima terça-feira (7). A intenção é
propor uma Assembleia Geral Unificada para repassar aos policiais o andamento
das negociações com o Governo. Até a presente data, o Governo não deu resposta
à segunda proposta encaminhada pelo Fórum acerca do subsídio da categoria. As
categorias alegam que a Paraíba é o único Estado que reduziu os índices de criminalidade
por oito anos seguidos, mas seus profissionais não recebem o reconhecimento em
forma de salário justo e digno.
Representando mais de 16 mil servidores da Segurança Pública
do Estado da Paraíba, o Fórum, após rejeição da primeira proposta enviada ao
Governo do Estado, ainda espera o impacto financeiro da segunda proposta
protocolada em seis de dezembro de 2019, a ser divulgado pela Secretaria de
Administração do Estado.
“Estamos esperando uma contraproposta do Governo porque
ainda acreditamos que esse canal de diálogo entre as entidades e o governador é
forte e respeitado. Queremos que a segurança da Paraíba seja reconhecida
internamente, no tocante ao salário, já que é considerada a melhor do Nordeste.
Temos o exemplo recente do Rio Grande do Norte que, mesmo em crise,
reconheceu os policiais militares e civis com reajustes até 2022. Acredito que
o nosso Governador marcará história e dará o reconhecimento devido a esses
abnegados policiais ”, afirma Steferson Nogueira, presidente da Associação de
Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel).
Para o Coronel Sobreira, Presidente da Caixa Beneficente da
Polícia Militar, o Fórum precisa prestar contas aos seus associados, pois há
uma cobrança diária dos mais 16 mil policiais por uma posição. “Desde junho de
2019 estamos negociando de forma paciente e ética com o Governo e ainda não
obtivemos resposta. Por esta razão, estamos avaliando essa Assembleia Geral
para passarmos aos associados o que tem de concreto, em relação à negociação
salarial. Todos os policiais, militares e civis, acreditam no Governador João
Azevêdo”, termina.
O Coronel Francisco, presidente do Clube dos Oficiais,
ressalta que o Fórum já participou de várias reuniões com a equipe econômica,
com intenção de manter o canal de diálogo, mas precisam de uma posição do
Governo. “A Segurança é um pilar fundamental para o Estado, garantindo o
primeiro lugar da Paraíba no ranking de competitividade do Nordeste. Os
Policiais perdem de 45 a 50% do salário quando se aposentam, é preciso corrigir
isso e valorizar quem arrisca a vida, diariamente, pelo cidadão paraibano, por
mais de 30 anos. Se esse reconhecimento é possível no Ceará, Pernambuco, Rio
Grande do Norte, Sergipe e outros, também pode ser na Paraíba. Propomos um
plano diluído até 2022. A confiança no Governador é unânime entre as 14
entidades”, diz Francisco.
Campanha pelo
subsídio
A campanha para conquistar o subsídio salarial começou em
maio de 2019. Previsto na Constituição Federal e assegurado por Lei Estadual
(Lei 9.082/2010), o subsídio ainda não foi implementado na Paraíba, o que deixa
o Estado na lista de um dos poucos do Nordeste que não garantem o direito.
Ceará, Piauí, Sergipe, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte, por exemplo,
já pagam aos seus profissionais da Segurança Pública por meio de subsídio.
As entidades aguardam a realização do impacto da segunda
proposta pela Secretaria de Administração do Estado assim como o agendamento de
uma reunião com João Azevêdo, desde dezembro de 2019. A proposta foi
entregue ao chefe de gabinete do governador, Ronaldo Guerra, no início de
dezembro passado.
Assessoria
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