Bolsonaro sinaliza que aprovará fundo eleitoral de R$ 2 bi para evitar crime de responsabilidade
O presidente Jair Bolsonaro sinalizou nesta quinta-feira,
2, que deve sancionar o fundo de R$ 2 bilhões para custear campanhas
eleitorais em 2020 para não cometer crime de responsabilidade.
Bolsonaro disse ainda que tem de
"preparar a opinião pública" para não ser "massacrado"
sobre a sua decisão. No final de dezembro o presidente declarou que buscava uma
"brecha" para vetar o fundo proposto por ele mesmo ao Congresso.
"O fundo eleitoral é uma lei.
O que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fez? Oficiou a receita no valor, o
montante, de 2 bilhões de reais. Então veto ou sanção é uma obediência à lei.
Se você for ler o artigo 85 da Constituição, se eu não respeitar a lei, eu estou em
curso do crime de responsabilidade", disse o presidente nesta
quinta, 2, em frente ao Palácio da Alvorada.
Questionado novamente se veta ou
sanciona o fundo, Bolsonaro respondeu: "O que posso dizer é isso aí. A
Conclusão agora é de vocês. É o seguinte, tem de preparar a opinião pública,
né, caso contrário vocês me massacram, vocês arrebentam comigo", disse.
A negociação sobre o fundo
eleitoral desgastou a articulação política do Planalto. O Congresso Nacional
chegou a articular aumento para R$ 3,8 bilhões do fundo, mas ouviu do governo
que só seriam aceitos até R$ 2,5 bilhões. No fim, os parlamentares recuaram,
após Bolsonaro ir às redes sociais para negar a articulação do próprio governo,
e foi aprovada a proposta original, de
R$ 2 bilhões. No final de dezembro, o líder do governo no Senado,
Fernando Bezerra (MDB-PE) disse esperar que Bolsonaro sancione o valor.
Bolsonaro disse nesta quinta, 2,
em frente ao Palácio da Alvorada que não daria entrevista à imprensa. "Quero começar bem o ano,
sem entrevista, porque em parte é distorcida", disse. Em seguida, porém, o
presidente falou sobre o fundo eleitoral, além do reajuste do salário mínimo.
Foto: Reprodução
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