“QUEREMOS ORDEM!” Com esse lema surge a Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil – OACB
Criada
oficialmente no dia 20 de dezembro, a Ordem dos Advogados Conservadores do
Brasil – OACB, é uma associação que deve congregar advogados conservadores de
todo o Brasil.
Em
nota assinada pelos sócios fundadores a nova instituição deixa muito claro
quais são os seus objetivos primordiais: “Com o objetivo de reunir os advogados que professam
os princípios conservadores como a preservação dos valores da família
tradicional, a cristandade, o patriotismo, o estado mínimo, o direito de
propriedade, o livre mercado e a economia liberal, a meritocracia, a retidão na
conduta individual pautados pela ética e honestidade e em oposição ao
socialismo e ao marxismo por não se coadunarem com a Constituição Federal e nem
com a tradição política brasileira, contra o Foro de São Paulo, contra a
doutrinação ideológica político-partidária e de gênero em escolas, dentre
outros, e que atuará na defesa destas pautas, na defesa dos advogados, de cidadãos
e dos políticos que também seguem a doutrina conservadora”
O advogado Geraldo José Barral Lima, presidente da OACB disse ao CANAL DO POVO que há muitos grupos de advogados descontentes discutindo na internet. Por isso decidiram se organizar efetivamente para agir institucionalmente. Ele acrescentou: "Os advogados fundadores já estavam aliados diversos grupos, mas insatisfeitos com a falta de ações efetivas. Em uma sessão especial da Câmara Municipal da qual participei, a convite de Eliza Virgínia, tomei conhecimento de abusos por parte de escolas e de alguns membros do MP que insistem em aplicar ensinos sobre tais ideologias a crianças e adolescentes e decidi reunir colegas para engajarmos nesta e outras lutas contra o aparelhamento de instituições e da própria OAB",
Questionado sobre a natureza da associação o advogado disse: "Não queremos uma nova ordem, mas ordem na OAB. Mas o tempo dirá conforme os rumos e proporção que tomar o movimento".
Confira a nota na íntegra:
QUEREMOS ORDEM!
ORDEM DOS ADVOGADOS CONSERVADORES DO
BRASIL – OACB
A OAB, Ordem dos Advogados do Brasil foi
criada em 18 de novembro de 1930, através do decreto executivo nº 19408, pelo presidente
Getúlio Vargas que à época estava há apenas quinze dias no cargo.
A palavra “Ordem” tem origem de uma
tradição francesa ligada às Ordens das Cavalarias e entendida como um “conjunto
estatutário” que inspirou diversas entidades corporativas dos advogados em todo
o mundo.
No Brasil, a Ordem (OAB) é composta por um
Conselho Federal que centraliza as decisões e Seções (denominadas Seccionais) instaladas
em cada Capital e as quais congregam Subseções, instaladas em outros municípios
dos Estados.
De acordo com o artigo 44 da Lei 8906/94
(Estatuto da OAB) a Ordem é um serviço público independente e autônomo, que não
está sujeito ao controle da administração pública e que tem por finalidade defender
a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos
humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida
administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições
jurídicas e, ainda, promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a
seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil.
Portanto, o entendimento é que a OAB deve
atuar como entidade apolítica e apartidária, servindo à sociedade civil como norteadora
de preservação da aplicação da Justiça.
No entanto, nos últimos meses a atual
direção nacional do Conselho Federal, e especificamente seu presidente Felipe
Santa Cruz, lamentavelmente apoiado pela maioria das Seccionais, age contrariamente
aos princípios pelos quais é regida a OAB, em clara inclinação política partidária
e usando o importante cargo para atacar de forma desrespeitosa, gratuita e grosseira,
dentre muitos, e em especial a pessoa do Presidente da República, ao qual
imputa falsos crimes, o ministro da justiça Sérgio Moro, a quem chamou de “chefe
de quadrilha”, chegando ao absurdo de defender o fim da Operação Lava Jato,
considerada pela sociedade um marco no combate à corrupção e, por fim, nos últimos
dias atacou os próprios advogados, enquanto cidadãos de direitos iguais, que
não coadunam com a sua posição política ao afirmar que “quem apoia o governo
Bolsonaro tem desvio de caráter”. Assim, o Presidente do CFOAB (Conselho
Federal da Ordem do Advogados do Brasil) demonstra despreparo para conduzir a
entidade que representa a classe profissional que é constitucionalmente indispensável
à administração da justiça (art. 137 da CF/88), contrariando o estatuto e atraindo
a repulsa da maioria dos advogados nela inscritos os quais não se sentem
representados pelo staff atual da Ordem.
Diante da sequência de fatos que
descaracterizam a entidade a qual deve representar não apenas os profissionais
da advocacia, bem como também os interesses da sociedade, advogados
insatisfeitos decidiram se unir em torno da defesa de suas prerrogativas
cidadãs e, ao mesmo tempo, para atuarem institucionalmente contra o
aparelhamento da OAB naquilo que contrarie os princípios que originaram a
entidade, sobretudo a independência de seus associados para professarem suas
opiniões sem, contudo, usar a instituição como opinião da classe, pois a OAB
não é o advogado.
Em decorrência desta decisão, em assembleia
realizada no dia 16/12/2019 fundou-se a ORDEM DOS ADVOGADOS CONSERVADORES DO
BRASIL – OACB, com o objetivo de reunir os advogados que professam os princípios
conservadores como a preservação dos valores da família tradicional, a
cristandade, o patriotismo, o estado mínimo, o direito de propriedade, o livre
mercado e a economia liberal, a meritocracia, a retidão na conduta individual
pautados pela ética e honestidade e em oposição ao socialismo e ao marxismo por
não se coadunarem com a Constituição Federal e nem com a tradição política
brasileira, contra o Foro de São Paulo, contra a doutrinação ideológica
político-partidária e de gênero em escolas, dentre outros, e que atuará na
defesa destas pautas, na defesa dos advogados, de cidadãos e dos políticos que também
seguem a doutrina conservadora.
Queremos ordem.
Geraldo José Barral Lima
João Alberto Cunha Filho
Antônio Barbosa de Araújo
José Vieira do Nascimento
Milson Lima Maciel
Sergio Henrique Amaral Gouveia Moniz
Beatriz Helena Dai Paulino
Yuri Givago Henrique Gomes
Helderley Florêncio Vieira
Erika Lopes
Eduardo Marques
Olinda Sammara Lima de Aguiar
Paulo Fernando Alves Maffioletti
Da Redação
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