PM é torturado e morto na Baixada após circular boato de que seria 'estuprador'
O policial militar Filipe Araújo de Assis, lotado na UPP
Pavão-Pavãozinho, foi encontrado morto na área rural de Queimados, na Baixada
Fluminense, na manhã desta sexta-feira. Um suspeito de envolvimento no crime
foi preso por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF),
que investiga o caso.
De acordo com a Polícia Civil, Júlio César de Lira Alves é
apontado como um dos autores do homicídio do PM, que foi torturado antes de ser
morto por disparo de arma de fogo. Outros suspeitos foram identificados como o
irmão de Júlio, Tiago Petronio de Lira Alves, e um homem conhecido como None.
Em nota, a Polícia Militar informou que "equipes do
24ºBPM (Queimados) realizaram buscas na região e prenderam dois suspeitos de
envolvimento no assassinato do soldado". A corporação não divulgou as
identidades deles.
Segundo os investigadores, o crime foi motivado por uma
acusação da mulher de Júlio César referente ao PM, ao espalhar o boato de que
Filipe seria um "estuprador".
Júlio vai responder por "homicídio qualificado e posse
irregular de munição de calibre permitido". Ele foi encaminhado à
Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap),
onde ficará a disposição do Poder Judiciário.
O sepultamento do policial militar ocorreu neste sábado no
Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Nas redes
sociais, amigos e parentes de Filipe deixaram mensagens de luto e carinho para
ele.
Leia abaixo da nota
da Polícia Militar:
"A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de
Polícia Militar informa que, na manhã desta sexta-feira (13/9), um policial
identificado como Filipe Araújo de Assis, lotado na UPP Pavão-Pavãozinho, foi
encontrado morto em Queimados. Equipes do 24ºBPM (Queimados) realizaram buscas
na região e prenderam dois suspeitos de envolvimento no assassinato do soldado.
Ocorrência encaminhada para a DHBF".
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