Empaer de Alagoa Grande se destaca com projeto de desenvolvimento sustentável




A produção agroecológica vai além da não utilização de agrotóxicos, hormônios, drogas veterinárias, adubos químicos, além da necessidade de se respeitar os aspectos ambientais, sociais, culturais e econômicos.  Essas são algumas recomendações repassadas pelo extensionista rural Paulo Luís dos Santos, da gerência operacional da Empaer de Alagoa Grande, às agricultoras familiares agroecológicas Maria do Carmo da Silva Melo e Alcioneide Diniz, do Assentamento Severino Ramalho, na zona rural da cidade, que são algumas das beneficiadas com as tecnologias disseminadas pela Empaer.
 
De acordo com Paulo da Emater, como é mais conhecido, as agricultoras seguem à risca as recomendações,  nos quatro hectares cultivados com macaxeira, jerimum, maracujá, quiabo, maxixe, couve, alface, pimentão, coentro e cebolinha. A comercialização é feita semanalmente nas feiras livres locais e o excedente aos programas institucionais, como o Programa Nacional de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o que lhes garantem uma renda mensal acima de dois salários mínimos.
 
Aplausos – Durante as comemorações dos cem anos do alagoagrandense Jackson do Pandeiro, dentro da Rota Cultural Caminhos do Frio/2019, a Câmara Municipal de Alagoa Grande concedeu Moção de Aplausos e a Comenda Margarida Maria Alves a instituições e personalidades que se destacaram ao longo do ano, contribuindo com o desenvolvimento rural sustentável do município. Entre os agraciados estavam a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), o extensionista e secretário de Agricultura  local, Paulo Luís dos Santos,  e as agricultoras Maria do Carmo e Alcioneide Diniz, consideradas as maiores produtoras de hortaliças do município, segundo o vereador Fabrício Fortunato da Silva Ferreira, autor da propositura.
 
Meio ambiente – Sob coordenação do extensionista Paulo Luís, o trabalho de conscientização e preservação do meio ambiente e de arborização em Alagoa Grande é muito forte e ocorre durante todo o ano.  Ele explica que de 2006 para cá, já foram recuperadas várias áreas degradadas na zona rural, principalmente aquelas  atingidas  pelo arrombamento da Barragem de Camará, em 2004. Também foi feita a recuperação da flora devastada com o cultivo de cana de açúcar, após o fechamento da Usina Tanques, onde hoje  existem 17 áreas de assentamento.
 
Paulo lembra que, na saída de Alagoa Grande em direção ao município de Alagoinha, existia um enorme  lixão e, por pressão dos agricultores familiares, foi desativado e transformado em um bosque florestal, que recebeu o nome de Milton Veloso, em homenagem ao engenheiro agrônomo à época coordenador regional da extinta Emater. Todo o trabalho contou com a participação das Secretarias Municipais de Educação e de Agricultura locais.

Até agora, já foram plantadas 26 mil mudas frutíferas, de essências florestais e medicinais, das mais variadas espécies. Entre elas, palmeira imperial, ipê, aroeira, jatobá, cedro, caibreira, pau brasil, gliricidia , mamão, acerola, amora, goiaba, hortelã, alecrim, capim santo e manjericão.  Essas mudas são produzidas e doadas pela Ong Afink, do município de Araruna, pela UFPB de Areia  e CPTA do município de  Esperança.
 
Com acompanhamento da gerência regional da Empaer de Guarabira, à frente o extensionista José Pereira da Silva, compõem a equipe da gerência operacional de Alagoa Grande  os técnicos Paulo Luís, José Airton Farias e Roberto Luiz de Oliveira. Entre as ações  desenvolvidas estão os Programas  de  Educação  Ambiental, Armazenamento de Forragem, Garantia Safra, Energia Solar, Pnae, PAA, além de aquisição de animais e outros investimentos rurais.
 




SecomPB


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