O ELO: Manuela D’Ávila admite que repassou contato de Glenn Greenwald
A ex-deputada Manuela D’Ávila afirmou, por meio de nota,
nesta sexta-feira, 26, ter repassado o contato do hacker Walter Delgatti Neto,
o “Vermelho”, ao jornalista Glenn Greenwald. Em depoimento revelado pela
GloboNews, “Vermelho” relatou que entrou em contato com a ex-parlamentar e
chegou a enviar um áudio de conversas entre procuradores para convencê-la de
que tinha o material. Em seguida, o editor do The Intercept teria entrado em
contato.
Manuela afirma que no dia 12 de maio, foi “comunicada pelo
aplicativo Telegram de que, naquele mesmo dia”, seu “dispositivo havia sido
invadido no Estado da Virginia, Estados Unidos”. “Minutos depois, pelo mesmo
aplicativo, recebi mensagem de pessoa que, inicialmente, se identificou como
alguém inserido na minha lista de contatos para, a seguir, afirmar que não era
quem eu supunha que fosse, mas que era alguém que tinha obtido provas de graves
atos ilícitos praticados por autoridades brasileiras”.
“Sem se identificar, mas dizendo morar no exterior, afirmou
que queria divulgar o material por ele coletado para o bem do país, sem falar
ou insinuar que pretendia receber pagamento ou vantagem de qualquer natureza”,
relata.
A ex-deputada diz que, pela invasão do celular, imaginou
“que se tratasse de alguma armadilha montada por adversários políticos”. “Por
isso, apesar de ser jornalista e por estar apta a produzir matérias com sigilo de
fonte, repassei ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado
jornalista investigativo Glenn Greenwald”.
“Desconheço, portanto, a identidade de quem invadiu meu
celular, e desde já, me coloco a inteira disposição para auxiliar no esclarecimento
dos fatos em apuração. Estou, por isso, orientando os meus advogados a
procederem a imediata entrega das cópias das mensagens que recebi pelo
aplicativo Telegram à Polícia Federal, bem como a formalmente informarem, a
quem de direito, que estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos
sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular à exame pericial”,
afirma.

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