Justiça manda ex-secretária de Campina Grande para prisão domiciliar
A ex-secretária de Educação de Campina Grande, Iolanda
Barbosa, vai cumprir o restante dos dias da prisão temporária em casa, em
prisão domiciliar. A decisão foi do juiz federal Rogério Abreu na manhã deste
sábado (27), que está substituindo o desembargador Rogério Fialho, do Tribunal
Regional Federal da 5ª Região, em Recife.
Iolanda Barbosa foi presa
na quinta-feira (25) e é suspeita de participar de um suposto esquema
de desvio de recursos federais destinados à compra de merenda escolar em
Campina Grande. A investigação da Operação
Famintos aponta que empresas de fachada foram beneficiadas em
licitações, gerando um prejuízo, até agora, de R$ 2,3 milhões.
A decisão foi semelhante
a que também mandou para prisão domiciliar a pregoeira da prefeitura,
Gabriela Pontes. A secretária havia sido levada para o presídio feminino, em
Campina Grande, onde ficou em uma cela comum, mesmo tendo ensino superior. Não
há cela especial disponível na cidade.
Operação Famintos
As investigações foram iniciadas a partir de representação
autuada no MPF, que relatou a ocorrência de irregularidades em licitações na
Prefeitura de Campina Grande (PB), mediante a contratação de empresas “de
fachada”. A investigação constatou que desde 2013 ocorreram contratos
sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões.
Além da merenda escolar, as contratações incluíam o
fornecimento de material de higiene e de limpeza para outras áreas de governo
(Saúde, Assistência Social, etc.). A CGU, durante auditoria realizada para
avaliar a execução do PNAE no município, detectou um prejuízo de cerca de R$ 2,3
milhões, decorrentes de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de
gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de
2019.

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