RANÇO: "Se pedir, eu não vou mais", diz Ciro sobre visita Lula
Em passagem pelo Recife, o ex-candidato à Presidência pelo
PDT, Ciro Gomes, afirmou nesta segunda-feira (27) que não visitaria o
ex-presidente Lula na prisão se o petista pedisse.
Na quinta-feira passada (23), o presidente do PDT, Calos
Lupi, visitou Lula em Curitiba, onde está preso
desde abril de 2018, após ser condenado por corrupção e lavagem de
dinheiro.
Questionado se tinha mágoa do petista após as eleições do
ano passado, quando Lula costurou nos bastidores o isolamento do pedetista,
Ciro respondeu que não.
“Que mágoa, amigo? Eu faço política. Ele [Lula] que pediu ao
Lupi para ir. Não pediu a mim para ir não, embora, se pedir, eu não vou mais”,
disse.
Sobre as manifestações
deste domingo (26), Ciro defendeu que a esquerda precisa tratar deste
fenômeno com mais cuidado e humildade.
“Essa gente é suficiente para mostrar que nós precisamos
tratar esse fenômeno com mais sofisticação, cuidado e respeito do que supõe um
certo pensamento esquerdista pouco reflexivo.”
Ao falar da pauta das manifestações, criticou o Supremo
Tribunal Federal e o Congresso, mas afirmou que fechá-los não seria a
solução.
Ciro, que participou de um debate na Unicap (Universidade
Católica de Pernambuco), disse que o presidente Jair Bolsonaro também
choca a direita.
“Uma coisa é a direita. A direita tem uma percepção das
coisas que o Bolsonaro choca também. O bolsonarismo não é propriamente direita.
É ultradireita."
Ele criticou, de maneira genérica, as declarações do
presidente e o pensamento dos seus seguidores. “É fascismo no seu estado mais
bruto.”
O pedetista também comentou a declaração em que Bolsonaro,
ao falar sobre a economia a ser gerada com a reforma da Previdência, comparou
os japoneses a coisas pequenas.
“Só pode ser coisa de armário, de falar de gay, do tamanho
do membro viril dos orientais e todo dia tem um assunto. Isso é um caldo de
cultura de uma ultradireita chucra. Isso que é o Bolsonaro é", disse
Ciro.
Na última sexta-feira (24), Bolsonaro afirmou que
"se for uma reforma de japonês, ele [o ministro da Economia, Paulo Guedes]
vai embora. Lá [no Japão], tudo é miniatura".

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