‘Se Congresso aprovar aborto, eu veto’, diz Bolsonaro
O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, disse
nesta 5ª feira (3.jul.2018) que vetará a permissão do aborto caso ele seja
eleito presidente e o Congresso legalize a prática. A fala foi dita
durante transmissão ao vivo pelo Facebook.
“Se o Congresso aprovar o aborto, minha caneta vai vetar.
Mas se o Congresso derrubar o veto, não posso fazer nada”, afirmou.
O militar disse, no entanto, que casos de estupro ou nos
quais há risco para mãe são “difíceis” e preferiu não manifestar
opinião.
Bolsonaro defendeu a laqueadura como forma de controle de
natalidade e falou que não há ministros cristãos no Supremo Tribunal Federal.
“Há algum ministro do STF cristão de verdade? Por que
tem 95% da população cristã e não temos 1 ministro cristão?”
O militar criticou as indicações políticas ao Tribunal
dizendo que alguns ministros são “advogados de partidos”. Em 1 determinado momento,
citou Rogério Favreto, desembargador que determinou a soltura do
ex-presidente Lula. “Ele já foi cogitado para dentro”, disse para ilustrar
seu ponto de vista.
Para a Educação, Bolsonaro defendeu a instalação
de escolas militarizadas e a criação de 1 “voucher” para que crianças
possam estudar em escolas privadas. Seria uma espécie de bolsa de estudo.
Bolsonaro acredita que a medida possibilitaria a melhoria do ensino
fundamental.
“[Sugiro dar] acesso ao voucher, se o aluno quiser ir pra
aula privada, vai. Se quiser, vai pra pública”.
Em relação ao sistema político, o capitão da reserva do
Exército disse ser favorável ao voto obrigatório e ao sistema proporcional para
Legislativo, tal como é hoje.
“Se dependesse do voto distrital, eu nunca teria sido
eleito. Você elege quem tem recurso. A fómula que está hoje é a menos
pior”, disse.
Apesar disso, criticou o modelo de distribuição de cargos
políticos e mencionou 1 acordo do pré-candidato pelo PSDB, Geraldo Alckmin, com
siglas do Centrão.
“Vamos supor que Alckmin seja eleito. Senta na cadeira e não
mexe em ninguém. Esse centrão já dominou tudo. Já está tudo ‘acertadinho'”.
A transmissão durou mais de duas horas. Participaram da
conversa Allan dos Santos, Bernardo Kuster, Flávio Morgenstern e Flávio Bolsonaro,
1 dos filhos do candidato. Também estava o economista Paulo
Guedes, responsável pelo plano econômico de Bolsonaro e que tem a
preferência do candidato para assumir o ministério da Fazenda.
Paulo Guedes
O economista Paulo Guedes participou da conversa, mas
participou pouco. Defendeu a descentralização de recursos públicos, com maior
repasse para municípios.
“O dinheiro tem que descer. Pega o exemplo dos EUA. Um país
feito de baixo pra cima. É uma pirâmide, tem muito dinheiro daqui para
cima. O Brasil está de cabeça para baixo, com muito dinheiro em Brasilia”, disse.
O economista voltou a defendeu privatizações, como a dos
Correios. Também defendeu que serviços do sistema penitenciários sejam
realizados pelo setor privado.
A conversa
A 1ª transmissão enfrentou problemas técnicos no áudio e,
por isso, foi dividida em duas partes pela página do candidato.
Veja os vídeos:
O segundo:
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