CONDE: Movimento LGBT emite nota de repúdio e confirma ‘acampamento’ na frente da Câmara
O Movimento LGBT Irakitan emitiu nota de repúdio ao PL n°
18/2016, que visa proibir o ensino da ideologia de de gênero nas escolas
públicas e privadas do município. Ao
exigir a retirada do documento da pauta da Casa de Cícero Leito, o
movimento trata o PL como um “projeto de
lei discriminatório” e exige a retirada de sua discussão da ordem do dia na
Câmara Municipal.
Em contato com a Redação do CANAL DO POVO, um dos líderes do
do ‘Irakitan’, Rodrigues Bão, confirmou que os integrantes do movimento irão
acampar na frente da Câmara Municipal na próxima segunda-feira (06).
Veja a nota na
íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
A Câmara municipal de
Conde trouxe o PL n° 18/2016, que proíbe o debate sobre as questões de gênero
nas escolas públicas e privadas do município.
O Brasil é o quinto
país do mundo mais perigoso para as mulheres, sendo também o país que mais mata
LGBT’s, ou seja, vivemos em uma realidade assustadora de violência, de crimes
de ódio. A cidade de Conde alarma a estatística de quarta cidade que mais mata
mulheres no país. Os índices de violência doméstica ainda nem estão
contabilizados porque o que se vê é apenas o silêncio e a indiferença.
As questões de gênero
precisam ser discutidas nas escolas para que as crianças tenham a oportunidade
de entender que todas(os) são responsáveis pela casa, que a paternidade é para
cuidar dos filhos, que os garotos aprendam que o respeito às mulheres é
obrigatório, e que as meninas desenvolvam seu potencial intelectual, ao invés
de continuarem sendo desencorajadas e mantidas em um padrão de submissão. É
preciso discutir para evitar que as crianças desenvolvam e reproduzam ideias
machistas e que oprimam as pessoas.
A educação para a
diversidade não é para estimular práticas sexuais ou de orientação sexual, mas
sim, para entender o que se passa no corpo e na mente humana. Levantar
discussões é pensar na escola para a vida, a liberdade e o conhecimento; para
combater a discriminação e preconceitos, as violências de gênero, violência
contra mulher e a violência contra LGBT’S.
Discutir gênero é
mostrar que pode existir igualdade e respeito na sociedade e na escola. É
contraditório que existam leis pela inclusão de pessoas LGBT’s como, por
exemplo, a inclusão do nome social de pessoas travestis e transexuais nos
registros estaduais, mas que não se possa falar sobre elas e transformar a
sociedade em espaços que as acolham.
O Movimento LGBT
Irakitan de Conde REPUDIA a criação deste projeto de lei discriminatório e
exige a retirada de sua discussão da ordem do dia na Câmara Municipal. Somos
amor da cabeça aos pés, existimos porque resistimos. Eu sou como você, com todo
respeito!
Lutamos pelo PLC
122/2006 – pela criminalização da LGBTfobia!
Da Redação
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