E agora, o que fazer com Aécio Neves?
O PSDB fará
convenções estaduais neste fim de semana, que fixam as candidaturas das eleições nos
estados. Todos os olhos estarão em Minas Gerais. Além de apresentar a
candidatura de Antonio Anastasia ao governo do estado, o partido revelará
(finalmente) o destino do senador Aécio
Neves em outubro. Seu mandato no Congresso termina em 2018, mas uma
nova ida às urnas é motivo de controvérsia interna em sua legenda.
Candidato à Presidência da República em 2014 e um dos
fiadores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, Aécio viu
sua carreira política afundar após a gravação de Joesley Batista em que o
político pedia 2 milhões de reais ao empresário. Ele nega as acusações do
Ministério Público Federal de que se tratava de um pedido de propina.
São três as opções: a reeleição a senador, uma vaga como
deputado federal ou abandonar a política. A primeira missão seria a mais
difícil, pois o alto índice de rejeição pós-escândalo é garantia de sangria nos
votos. Além disso, diretores do PSDB creem que a candidatura pode comprometer a
tentativa de Anastasia, ex-governador do estado, de voltar ao poder em Minas no
lugar do petista Fernando Pimentel.
Como deputado federal, Aécio teria menos problemas para se
eleger. Mas a restrição do foro privilegiado para parlamentares deixa pouco
interessante a proteção embaixo de um cargo público, para que se defenda das
acusações da J&F. Restaria não disputar a eleição, quase consenso que seria
o melhor para todos. O único que talvez discorde é o próprio Aécio, que em meio
ao turbilhão de acusações, não quis se afastar nem da presidência do partido
para que respondesse ao processo na Justiça.
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