Governo libera mais R$ 28,7 bilhões para auxílio emergencial
A equipe econômica
autorizou hoje (26) o repasse de mais R$ 28,7 bilhões para pagar o
auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras). A medida eleva
para R$ 152,6 bilhões o custo com o benefício por três meses.
Segundo o Ministério da Economia,
os recursos extras são necessários porque a demanda ficou maior que o previsto.
Cálculos do Ministério da Cidadania apontam que cerca de 70 milhões de
brasileiros estão aptos a receber o auxílio emergencial.
A liberação não contempla uma
possível extensão do programa, que a princípio valerá apenas por três meses. O
auxílio emergencial pode ser pedido até o próximo dia 3. Caso o benefício seja
aprovado, o trabalhador informal receberá o auxílio em três parcelas, com
espaço de 30 dias cada.
O novo orçamento para o auxílio
emergencial é ligeiramente superior aos R$ 151,5 bilhões anunciados na semana passada pelo
secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues .
Até hoje à tarde, a Caixa Econômica Federal, responsável por operar o
benefício, tinha pagado R$ 70,8 bilhões a 56,9 milhões de brasileiros.
O total de beneficiados corresponde
ao triplo do inicialmente previsto pelo governo. Em março, ao anunciar as
primeiras medidas de enfrentamento à pandemia de coronavírus, o Ministério da
Economia tinha projetado que o auxílio emergencial custaria R$ 15 bilhões e
beneficiaria de 15 milhões a 20 milhões de pessoas. Os números baseavam-se na
proposta original do governo, que previa benefício de R$ 200.
Com a aprovação do texto pelo
Congresso, que elevou o valor para R$ 600 e permitiu que mães solteiras
recebessem em dobro, o governo elevou o orçamento do programa para R$ 98,2
bilhões e ampliou para 54 milhões a estimativa do número de beneficiados. No
fim de abril, o governo pediu um crédito suplementar no Orçamento,
ampliando a verba para R$ 124 bilhões.
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