Central de Orientação sobre a Covid-19 realiza mais de 13 mil atendimentos em menos de dois meses de funcionamento
A Prefeitura Municipal de João
Pessoa (PMJP) disponibilizou para a população, desde o dia 17 de março, uma
Central de Orientação sobre a Covid-19. O objetivo é orientar os pacientes
sobre dúvidas relacionadas à doença, evitar que pessoas com síndrome gripal
leve procurem e sobrecarreguem os serviços de saúde, além de direcionar
adequadamente pacientes mais graves para os serviços de referência. Em quase
dois meses de funcionamento, já foram registrados mais 13 mil atendimentos,
sendo, em média, 290 ligações diárias. O serviço pode ser acessado pelo
telefone (83) 3218-9214.
No caso da pessoa ter sintomas, são avaliados três cenários: as pessoas que
foram orientadas a permanecer em casa; as pessoas com sinais de gravidade sem
suspeita da COVID-19 e que foram orientadas a procurar as Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs) e as pessoas com sinais de gravidade e suspeita de COVID-19
que foram orientadas a procurar os serviços de referência para COVID-19. Foram
atendidas 2.866 pessoas com sintomas compatíveis com síndrome gripal.
No primeiro e segundo mês de atendimento, 82% das pessoas foram orientadas a
permanecer em casa. Já 16% das pessoas informaram sintomas de gravidade, mas
sem suspeita de COVID-19 e, 2% das pessoas informaram sintomas de gravidade e
suspeita de COVID-19. Na primeira quinzena de abril houve um aumento dos casos
considerados graves com suspeita de COVID-19 de 2% para 4%. O fluxo de
encaminhamento é para que os casos moderados sejam direcionados para as UPAs de
Cruz das Armas e Valentina e os casos graves para o SAMU, conforme escore de
risco.
Os dados de resolutividade são semelhantes aos do preconizados no National Health
System, o sistema de saúde do Reino Unido, onde espera-se que 80% das pessoas
sejam orientadas a ficar em casa, 15% tenham sintomas de gravidade e tenham que
procurar o serviço hospitalar e 5% das pessoas tenham sintomas de gravidade e
necessitem de deslocamento por ambulância para o hospital.
Alto índice de resolução - Ao final do
atendimento, é perguntado ao usuário se a sua dúvida foi resolvida onde 96% dos
usuários afirmam que sim e apenas 4% afirmam que não. Um dos principais motivos
da dúvida não ser solucionada tem sido a demanda de realização de testagem para
COVID-19, incluindo pessoas que ligam novamente na expectativa de o exame seja
realizado.
Avaliação positiva – O usuário também
faz uma avaliação sobre o atendimento prestado onde o médico pergunta para a
pessoa atendida qual é a nota de 0 a 10 para o atendimento. Um total de 97% das
pessoas atendidas deram nota 10 ou 9 para serviço, demostrando alto grau de
satisfação, sendo que apenas 3% avaliaram o serviço em menor que 9.
Serviço – O atendimento telefônico é
ofertado por 24 horas, tendo escalas de plantão de atendimentos de preceptores,
médicos-residentes e médicos de família e comunidade egressos da Residência de
Medicina de Família e Comunidade.
Alerta - Muitas pessoas que não
apresentam sintomas da doença estão procurando o serviço com outra finalidade,
para solicitar a testagem para a Covid-19, o que a Central não disponibiliza. A
procura errada, que chega a 46% das ligações faz com que o telefone fique
sobrecarregado, congestionando e dificultando o acesso de quem realmente
precisa utilizar o serviço.
“Houve uma grande procura na primeira semana em que foram anunciadas as medidas
de isolamento social. Foi um momento importante para que a população passasse a
ter esse número como referência. Mas, a partir do dia 27 de abril, quando
iniciou a oferta de testes rápidos para a população, o telefone ficou
sobrecarregado, com diversas ligações de pessoas assintomáticas, gerando assim
dificuldade de acesso para quem tenta ligar”, destacou o coordenador da
Residência de Medicina de Família e Comunidade da Secretaria Municipal de Saúde
(SMS) e também coordenador do serviço, Felipe Proenço.
Hellen Nascimento - SecomJP

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