Auxílio emergencial será estendido com valor menor, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta sexta-feira que já conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a extensão do auxílio emergencial pago a trabalhadores informais e autônomos para além do período inicial de assistência, de três meses, mas com uma diminuição do valor de repasse.
"Conversei com o Paulo Guedes que nós vamos ter que dar
uma amortecida nisso aí. Vai ter a quarta parcela, mas não de 600 reais. Não
sei quanto vai ser, 300 reais, 400 reais. E talvez tenha a quinta, talvez seja
de 200 reais ou 300 reais. Até para ver se a economia pega", destacou o
presidente em entrevista à Rádio Jovem Pan.
De acordo com o Bolsonaro, o governo não pode "jogar
para o espaço" mais de 110 bilhões de reais gastos com a assistência, e
alertou para os impactos das despesas na trajetória da dívida pública do país.
Na última terça-feira, em reunião com empresários, Guedes
havia admitido a possibilidade de prorrogação, por um ou dois meses, do
auxílio. O valor, no entanto, seria de 200 reais.
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, indicou
na quinta-feira que o prolongamento do pagamento, uma das principais
iniciativas do governo para o enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia
do Covid-19, deve ter como baliza o valor pago pelo Bolsa Família. O auxílio
emergencial é hoje de 600 reais. Já o benefício médio no âmbito do Bolsa
Família é de cerca de 190 reais.
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