FÉ: Túmulo vazio, promessa cumprida
Leia Mateus 28: 1-8
Quatro amigos estavam conversando sobre a morte. Um deles
perguntou aos outros três: "Quando vocês estiverem no seu caixão e as
pessoas lamentando-os, o que gostariam de ouvir a seu respeito?" O
primeiro respondeu: "Gostaria de ouvir que fui um bom médico e um grande
pai de família". O segundo companheiro disse: "Apreciaria ouvir que
fui um marido maravilhoso e um excelente professor, que fez enorme diferença na
vida dos jovens". O terceiro homem afirmou: "Estimaria ouvi-las
falar: 'Olha, ele está se mexendo!'
Creio que algo, semelhante a essa última expectativa,
estaria na mente dos principais sacerdotes e fariseus, depois de terem tramado
a crucificação de Jesus Cristo. Eles foram a Pilatos e disseram: “Lembramos
que, enquanto ainda estava vivo, esse enganador disse: “Depois de três dias,
ressuscitarei. ” Então, dê a ordem para que o túmulo seja protegido até o
terceiro dia. Caso contrário, seus discípulos podem roubar o corpo e divulgar
entre as pessoas que Ele ressuscitou dos mortos, este último engano será pior
que o primeiro. ” Na realidade o chefe dos sacerdotes e os fariseus estavam
tentando parar o inevitável. Eles procuravam selar o túmulo do Filho de Deus,
mas nada havia no mundo que poderia fazer isso. Hoje, sorrimos dos seus
esforços inúteis, mas, às vezes, parece que também estamos tentando impedir o
mover do Senhor Jesus. Colocamo-lO em um cantinho isolado da nossa vida e
afirmamos: “Jesus, o Senhor pode ficar aqui, mas, por favor, não interfira. Não
mude a maneira como penso, ajo ou falo. Apenas fique no seu canto e tudo ficará
bem. ”
No texto supracitado, encontramos um convite extraordinário
feito pelos anjos: “Venham ver o lugar onde ele jazia.” Uma convocação para que
as mulheres examinassem por si mesmas a reivindicação do Senhor ressuscitado.
Seu corpo, que havia sido previamente colocado dentro da tumba por José de
Arimatéia e Nicodemos, não estava mais lá, onde eles o colocaram. Não poderia
ter sido roubado, porque os guardas romanos selaram a túmulo e ficaram vigiando.
É interessante saber que nunca foi feita nenhuma busca do corpo, embora os
soldados afirmassem que ele havia sido roubado. Bem como não houve prisões de
nenhum dos discípulos, embora se pensasse que eles teriam sido os prováveis
suspeitos. Se examinarmos as justificativas da ressurreição, e o que tem sido
feito por séculos, não haverá nenhuma outra explicação, senão o fato de Jesus
Cristo somente ter feito exatamente o que havia prometido. O evangelista João
registrou as Suas palavras: “Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou
a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha
espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem
recebi de meu Pai".(Jo 10:18) Louvado seja o Senhor, nosso Redentor vive!
Registro aqui um acontecimento que ilustra aquilo que Deus
fez por nós ao ressuscitar o Seu Filho. Em 1989, um terremoto de 8,2, quase
arrasou a Armênia, matando mais de 30.000 pessoas em menos de quatro minutos. É
difícil calcular a dor e o sofrimento. Num piscar de olhos, o mundo foi abalado
e vidas esmagadas. Supreendentemente, essas tragédias costumam revelar o melhor
das pessoas.
Em meio ao caos e destruição, um pai amoroso correu para a
escola do seu filho. Mas, em vez de um prédio, encontrou uma pilha enorme de
escombros. Imagine o que se passava na mente das pessoas! Talvez choque?
Desespero? Mas, no caso desse pai, a visão de escombros e ruínas apenas o fez
entrar em ação. Ele correu para o canto de trás do prédio onde ficava a sala de
aula do seu filho e começou a cavar. Por quê? Que esperança real ele tinha?
Quais eram as chances de seu filho ter sobrevivido à destruição? Tudo o que
sabia era que havia prometido a seu filho estar sempre ao seu lado para
protegê-lo. Foi essa promessa que animou suas mãos e motivou seu coração.
Quando ele começou a cavar, pais bem-intencionados tentaram tirá-lo dos
escombros dizendo: “É tarde demais! Eles estão mortos! Você não pode ajudar, é
melhor ir para casa! ” Então o chefe dos bombeiros tentou tirá-lo dos escombros
afirmando: “Incêndios e explosões estão acontecendo a todo momento, é perigoso,
vá para casa! ” Finalmente a polícia veio e disse: “Você está perturbado, mas
acabou. Agora, você está colocando em risco os outros, vá para casa. ” Mas ele
continuou a cavar por oito, doze, vinte quatro, trinta e seis horas, e então,
na trigésima oitava hora, ele puxou uma pedra, quando ouviu vozes.
Imediatamente, ele gritou: “Armandi!” A resposta foi: “Pai! Eu disse
aos meus colegas que, se você ainda estivesse vivo, me salvaria! Você me
prometeu que sempre estaria ao meu lado! Você conseguiu, pai!” Um pai
determinado, uma promessa cumprida e uma pedra removida para revelar a vida e
dar liberdade.
A história do pai de Armandi nos lembra do evento daquele
dia precioso de domingo, quando o Pai Celestial cumpriu Sua maior promessa,
rolando uma pedra muito mais difícil, e ao retirá-la veio a vida eterna e a
verdadeira e duradoura liberdade em Cristo. Hoje, podemos viver porque Ele
venceu a morte! Louvado seja o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Por
isso, podemos cantar com muito entusiasmo e alegria: “Porque Ele vive, posso
crer no amanhã!”
Rev. Liberato Pereira dos Santos
Pastor da Igreja Presbiteriana Boas Novas, Rondonópolis-MT

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