CALVÁRIO: PGR defende prisão e afastamento agentes públicos investigados
O procurador-geral da República,
Augusto Aras, emitiu posição favorável a manutenção de medidas cautelares como
prisões preventivas e o afastamento dos cargos de agentes públicos investigados
na Operação Calvário.
“Apontadas pelos investigadores
como fundamentais para o esclarecimento total do esquema criminoso e para a
punição dos responsáveis, as cautelares têm sido apresentadas tanto em primeira
instância quanto no STJ, onde o caso é relatado pelo ministro Francisco
Falcão”, frisa o Ministério Público Federal.
De acordo com a Procuradoria-Geral
da República, o material já em poder dos investigadores – tanto o entregue
pelos colaboradores quanto o apreendido durante as fases ostensivas da operação
– evidenciam a gravidade do caso e a participação de diversos agentes
políticos, incluindo o mais alto escalão do Executivo estadual na prática de
diversos crimes: organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude em
licitação, além de corrupção nas modalidades passiva e ativa, entre
outros. Constam do acervo probatório, centenas de horas de gravação em
áudio de conversas com a participação dos delatados e documentos como
comprovantes da compra de passagens aéreas e reserva de hospedagem, planilhas
de entrega de dinheiro e contratos que foram usados para dissimular o pagamento
de vantagens ilícitas aos envolvidos.
Ao todo, os colaboradores
entregaram 81 anexos, que após análise inicial tiveram a cisão solicitada em
manifestação da PGR e determinada pelo relator do caso no STJ. Com a decisão,
tomada no início de dezembro parte dos indícios foi enviada a outras instâncias
judiciais como o Tribunal de Justiça e o Tribunal Regional Eleitoral, na
Paraíba e a Justiça Federal e estadual, no Rio de Janeiro. O critério para a
distribuição foi o foro de cada envolvido nos fatos relatados pelos
colaboradores.
Com MaisPB
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