Rodrigo Maia e presidente do STJ também foram alvo de hackers
O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), também foi alvo de ataques virtuais do grupo preso
sob suspeita de hackear de autoridades. O nome do deputado está em
entre os citados pelos investigados durante depoimentos à Polícia
Federal. A informação foi divulgada pela GloboNews e confirmada pelo
Estadão/Broadcast. Questionado sobre a invasão, Maia afirmou que não utiliza o
aplicativo Telegram, meio usado para invadir as contas das vítimas.
Na lista das vítimas, também consta o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro João
Otávio de Noronha. 'Não tenho nada a esconder', diz presidente do STJ
"Vermelho", preso na terça-feira, 23, sob suspeita
de invadir celulares de autoridades, pode ter acessado o aparelho de pelo menos
um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com pessoas que tiveram acesso ao seu depoimento,
Vermelho relatou aos policiais a sua vasta lista de vítimas. O Estado não
conseguiu confirmar o nome do ministro.
O celular da procuradora-geral da República, Raquel
Dogde, sofreu uma tentativa de invasão do grupo preso sob suspeita de
hackear de autoridades. A informação foi confirmada pela Procuradoria Geral
da República (PGR). Diferentemente de outras autoridades, no caso da Dogde, os
invasores não conseguiram ter acesso aos dados. O fato já era sabido na PGR
desde maio, e foi identificado pela área de tecnologia de informação do órgão,
que vistoriou vários aparelhos depois que integrantes do MPF do Paraná
denunciaram as invasões.
Conforme revelou o Estado na edição desta quarta-feira,
entre os alvos do suposto hacker está até mesmo o presidente Jair
Bolsonaro. Ele foi informado pelo Ministério da Justiça, que confirmou a
informação em nota oficial na manhã de hoje. Um dos suspeitos, Walter Delgatti
Neto, o Vermelho, também afirmou à PF que um ministro do Supremo está entre as
vítimas, de acordo com pessoas que tiveram acesso ao seu depoimento. O Estado
não conseguiu confirmar o nome do ministro.
Além de Walter, outras três pessoas estão presas em Brasília
suspeitas de participarem da invasão a celulares de autoridades dos Três
Poderes, entre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro; procuradores da Lava
Jato; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a líder do governo Bolsonaro no
Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). As provas foram encontradas em perícias,
buscas e apreensões e baseadas em depoimentos dos presos realizados nesta
terça. De acordo com a PF, o número de vítimas pode passar de mil.
'Vermelho', afirmou, segundo pessoas que tiveram acesso ao
seu depoimento, que não pediu nenhuma contrapartida financeira ao dar acesso ao
material hackeado ao jornalista Glenn Greenwald - conforme antecipou o Estado.
No Twitter, Greenwald voltou a reafirmar que não comenta
sobre a fonte, mas publicou reportagem em que 'Vermelho' afirma ter entregue o
material de forma anônima e não remunerada. "Como sempre falamos: 'Em
depoimento, Delgatti, um dos quatro presos pela PF, disse que encaminhou as
mensagens ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site, de forma anônima,
voluntária e sem cobrança financeira'".
A defesa de Glenn, fundador do site The Intercept Brasil,
disse, em nota, que "não comenta assuntos relacionados à identidade de
suas fontes anônimas".

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