OPINIÃO: As eleições e os tipos de candidatos
Sou um observador do cenário político. Gosto de analisar o ‘tabuleiro’,
de ver as peças se mexendo, de perceber as estratégias em execução. Desde
criança me interesso muito pela arte da política, por suas nuances e meandros.
Hoje faço isso enquanto profissional da comunicação,
especificamente da comunicação política, mas também enquanto eleitor e
espectador. E nesses últimos dias tem sido interessante olhar os quadros em
algumas cidades da Paraíba.
Quero falar sobre uma observação dos personagens principais
do ‘grande palco’ da política. Esse texto não retrata uma cidade
especificamente, mas com certeza ao ler você identificará uma ou mais figuras
de seu município. Então leia 'olhando' para sua cidade. Se for agente político faça uma observação pessoal. Talvez até se identifique. Se isso acontecer, me dê um feedback.
Fascina-me observar as posturas de alguns pré-candidatos e
principalmente dos ‘cientistas políticos’ que os assessoram. Aliás, é bem
bacana perceber os personagens presentes nos cenários.
Na oposição tem sempre aquela figura que pretende ser
candidato (a) todo custo. Ele impõe o nome como sendo o (a) ungido (a), a
última e única aposta para derrotar quem está no poder, a salvação. Conheço
cidades em que ao menos uns 5 se colocam dessa forma. Geralmente essa figura
acha que todos têm que convergir em torno do seu nome, mas o problema é que o ‘peso’
geralmente é morto!
Tem os que já foram, nada fizeram ou desgraçaram tudo, mas
morrem de vontade de voltar para continuar a desgraceira. Vai dizer que na sua
cidade não tem gente assim?
Não podem ficar de fora os que se lançam na disputa só pra ‘desistir’
no meio do caminho que nunca quiseram trilhar. Geralmente essas figuras adoram
um leilão. Mas o que leiloam? A própria alma! Eles só querem uma oportunidade
de ‘apoiar’ quem ‘dá’ mais. Conheço gente assim. Alguns até mudam de lado umas
três vezes durante o período eleitoral. Você lembrou-se dele (a). Eu sei que
lembrou. Ou será que se identificou?
Tem ainda o (a) eterno (a) candidato; aquele (a) que em toda
eleição registra a candidatura e não passa de ‘cinquenta’ votos. Aliás, desse
tipo tem de ‘mói’ e juntando os votos dos tais ‘campeões de urna’ não dá a
lotação de um micro-ônibus.
Em muitas cidades encontramos também o prefeito (a) ‘estrela’.
Aquele (a) que é primeiro lugar em antipatia. A última vez que deu um sorriso
para o povo foi na eleição de 2016. Normalmente é uma gente soberba e arrogante
que até acha que está fazendo um favor para o povo, que não tem uma ação sequer de solidariedade para com o povo. Esse tipo de prefeito (a) tem o rei na barriga e acha que resolve tudo na base do dinheiro. O pior é
que muitas vezes resolve, até porque o povo nalguns momentos é masoquista.
Ah! Temos também as marionetes, os mamulengos, os capachos. Essas
figuras apenas emprestam o nome para alguém que já foi e não pode mais ser,
porém não vive sem o poder. Na sua cidade tem uma figura assim?
Tem sempre aqueles, que independente de serem situação ou
oposição, se acham’. Eles se sentem a ‘última bolacha do pacote’. Não sabem que
a última bolacha geralmente quebra e
vira farelo. Para essa galera o clima de 'já ganhou' é uma constante. Via de regra isso é alimentando por uma corja de babão, o famoso 'fi do cão' (falaremos sobre eles no próximo texto).
Devo ter esquecido outros tipos de candidatos (a). Se na sua
cidade tem algum diferente do que citei, fala comigo via WhatsApp (83) 98216 1220.
E os entusiastas, cientistas
políticos, assessores?
Sobre eles eu falo no próximo texto. Mas você pode me ajudar
nesse processo. Fala como são as figuras políticas, os assessores, os
entusiastas e é claro, os babões de sua cidade.
Continua. . .
Caco Pereira

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