Empreender: desembargadores rejeitam preliminares do processo; assista
Desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
iniciaram, neste quinta-feira (11), o julgamento da Ação de Investigação
Judicial Eleitoral 2007-51, conhecida como ‘Aije do Empreender’, por abuso de
poder político e econômico através de programa que libera crédito financeiros a
micronegócios na Paraíba durante as eleições de 2014. Após mais de cinco horas
de debates, os juízes votam agora as preliminares.
Relator do processo, o juiz José Ricardo Porto rejeitou a
menção de inconstitucionalidade sobre o Procedimento Preparatório
Eleitoral (PPE) usado como prova, assim como os demais desembargadores,
que também consideraram constitucional a utilização do procedimento como prova.
A preliminar que prevê a violação aos princípios do
contraditório e da ampla defesa também foi rejeitada, por unanimidade, pelos
desembargadores.
Em seu parecer, o procurador-regional do Ministério Público
Eleitoral, Vitor Veggi, também narrou que em 2014, houve aumento de admissões e
desligamentos no governo por motivação política, ao que classificou como
‘codificados’, além do acréscimo em 90% dos valores do benefício ‘Empreender’.
“A gravidade do abuso do poder político e econômico se
revela justamente pela extrapolação desse uso de recursos públicos em beneficio
da promoção de uma determinada plataforma política, pela nítida aptidão de
influenciar a livre e consciente vontade do eleitor, a desestabilizar a lisura
que é esperada nos pleitos, inclusive porque os investigados passaram a
concorrer em desigualdade de forças, com aqueles que não detinham a seu favor a
mesma estrutura”, avaliou.
A defesa do ex-governador e da vice-governadora, afirmou que
o eleitorado da Paraíba é muito além dos contemplados pelo Empreender, sendo
assim, não representaria 1% do eleitorado. “Este programa, ainda que sobre
ele tivesse pesado todos os fatos, o que não aconteceu, jamais teria o condão
de decidir o pleito de 2014”, disse.
Pedido de suspensão
negado
Mais cedo, a defesa dos investigados pediram para que a Aije
fosse suspensa, já que o mandato do ex-governador chegou ao fim ao final do ano
passado. De forma unânime, os desembargadores negaram o pedido de suspensão e a
sessão foi mantida.
Assista:
MaisPB

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