Bolsonaro: AGU está em lista para eventual ministro do STF
O presidente Jair Bolsonaro confirmou que o advogado-geral
da União, André Luiz de Mendonça, está em uma lista de cotados para assumir a
vaga de "ministro evangélico" no Supremo Tribunal Federal (STF). A
primeira vaga a ser aberta no Supremo durante o mandato de Bolsonaro é a do
ministro Celso de Mello, que terá aposentadoria compulsória em novembro de
2020, quando completa 75 anos.
"Eu sei que ele (André Luiz Mendonça) é terrivelmente
evangélico e posso garantir a vocês. Têm muitos bons nomes pra lá e Andre Luiz
é um bom nome com toda certeza e está em uma lista", disse Bolsonaro ao
ser questionado sobre a possibilidade de indicar o atual AGU para o Supremo. O
presidente falou com jornalistas após a posse do novo diretor-geral da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
Como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em
tempo real do Grupo Estado, Mendonça é um dos nomes mais cotados para preencher
a vaga de "ministro evangélico". Considerado técnico e discreto, ele
é pastor da Igreja Presbiteriana em Brasília, servidor de carreira da AGU e
possui bom trânsito tanto entre integrantes do STF quanto parlamentares.
Ontem, Bolsonaro assumiu o compromisso pela indicação de um
ministro "terrivelmente evangélico" para STF durante culto de Santa
Ceia realizado pela Frente Parlamentar Evangélica na Câmara dos Deputados.
"O Estado é laico, mas nós somos cristãos. Ou, para plagiar minha querida
Damares (Alves): nós somos terrivelmente cristãos. E esse espírito deve estar
presente em todos os Poderes. Por isso, meu compromisso. Poderei indicar dois
ministros para o Supremo Tribunal Federal. Um deles será terrivelmente
evangélico", disse Bolsonaro.
Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio
Lula da Silva nomearam seus advogados-gerais da União para o Supremo - no caso,
respectivamente, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Segundo integrantes da bancada evangélica e do governo,
entre os nomes cotados para a vaga também estão o ministro Humberto Martins, do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), e o juiz federal Marcelo Bretas.

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