OPINIÃO: Novo colunista da Carta Capital é PHD em ‘Lula-Livre’
O ex-governador Ricardo Coutinho estreou nesta sexta (6)
como colunista da revista Carta Capital, núcleo midiático nacional de
disseminação esquerdista, criticando as medidas adotadas pelo Ministério da Educação
nas gestões de Ricardo Vélez-Rodrigues e do atual ministro Abraham Weintraub.
No artigo, Coutinho alega que a “A centralidade da educação
na oposição ao governo Bolsonaro” é a chave para que um “projeto de
subalternidade nacional” atrelado a “interesses que advogam um país sem a
ambição de atingir uma condição de liderança no cenário mundial” logre êxito.
Com ares de afetação superior, o ex-governador diagnostica as medidas iniciais
de Vélez-Rodrigues. “É preciso compreender sua gestão na perspectiva ampla do
projeto do governo para a educação, que envolve nitidamente um vetor moral,
quase religioso”.
Para Weintraub, o diagnóstico não foi menos duro. “O
ministro Abraham Weintraub não apenas preservou essa concepção geral, como a
intensificou para mirar o ensino universitário, tentando silenciar as
instituições de ensino e pesquisa; fragilizando suas condições operacionais,
protegido sob a insinuação bizarra de que nas universidades e institutos
federais se realizaria uma ampla “balbúrdia”, financiada pelo erário público”.
E não é que é exatamente a isso que muitos centros universitários no país se
prestam?
Coutinho esquece-se, contudo, de mencionar a realidade de
sua própria gestão na educação. Um expansionismo infra-estrutural desmedido,
com a adoção de uma política pedagógica irresponsável, que incapacita o
professor de aplicar os devidos e legítimos mecanismos de avaliação e
reprovação, fazendo com que o docente APROVE o estudante que não possui as
condições mínimas para cursar a série posterior e assim, contribua, ainda que à
contra-gosto, para a maquiagem estatística estatal sobre os números da
aprovação na Paraíba. E adivinhe: quantos mais aprovação, maiores as certezas
de recebimento do 14º salário, o bônus pago à equipe pedagógica pelo Governo estadual
para as chamadas “boas-práticas” na educação.
Outro faz de conta envolve o Programa Gira Mundo,
intercâmbio estudantil e cultural que já enviou estudantes e professores da
rede estadual de ensino para Israel, Finlândia, Espanha, Canadá, Chile e Colômbia.
Certa feita, entrevistando o secretário de Educação, Aléssio Trindade, para o
programa Sem Censura da Rádio Pop FM, perguntei quais eram as boas práticas
trazidas para a Paraíba por esse contingente enviado ao exterior. Foi uma
pergunta honesta, de quem acreditava no sucesso do programa. Qual grande não
foi o meu horror e surpresa ao ouvir a resposta do secretário, quando disse que
os estudantes que foram à Finlândia, por exemplo, traziam muitas e boas
práticas que poderiam ser implementadas na mediação de confitos entre
estudantes, professores e pais.
Quer dizer então que o cidadão passou 6 meses em Helsinki
para aprender a não brigar!? É sério? E eu aqui achando que haviam descoberto
alguma metodologia ativa revolucionária capaz de transformar a aquisição do
conhecimento dos estudantes da rede estadual, fazendo-os avançar
verdadeiramente! Entendem como se faz uma maquiagem bem-feita?
Esta foi a política pública de educação, completamente fake,
cantada em verso, prosa e propaganda estatal, do atual colunista da Carta
Capital. Ainda hoje, 6 de junho, ouvia o deputado estadual Raniery Paulino
(MDB) declarar em entrevista à uma rádio local que mais de 200 escolas
estaduais já haviam sido fechadas.
E eu nem entrei no mérito da Operação Calvário que descobriu
uma organização criminosa instalada no seio das organizações sociais que geriam
alguns dos principais hospitais públicos aqui da Paraíba, como o Trauma de João
Pessoa e o Hospital de Mamanguape. A ex-secretária de Administração do
colunista da Carta Capital foi presa no âmbito da operação, o ex-assessor da
secretária também foi preso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão pela
Polícia Federal nas residências do ex-secretário de Planejamento do colunista
da Carta Capital, Waldson Sousa, e do ex-procurador geral do estado, Gilberto
Carneiro. Sem falar que a atual esposa do atual colunista da Carta Capital
entregou o cargo que tinha na Secretaria de Finanças, um dos pilares da gestão
socialista de Ricardo Coutinho.
É este cidadão que deseja arrotar civismo, compromisso,
ética e integradade na condução da educação do Brasil. Com um curriculum
desses, tinha mais era que tornar-se o que se tornou: colunista de um veículo
que serve, unicamente, para alimentar o contingente esquerdista nacional com as
falácias de sempre, irrecuperável devido aos irremediáveis danos cerebrais
ocasionados pela modus educandi em questão. Para esses, não há política pública
de educação que dê jeito. O máximo da expressão crítica e intelectual dessa
turma é gritar Lula Livre e viajar à Curitiba.
Julliana Veloso
Jornalista, publicitária e Mestre em Linguística.
Foto: Reprodução

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