Jovem que denunciou Neymar gravou vídeo, diz advogado
O advogado que cuidava da denúncia contra Neymar, José
Edgard da Cunha Bueno Filho, afirmou ao Estado que a possível vítima
de estupro chegou a gravar um vídeo do segundo encontro entre ela e o jogador.
Após renunciar ao trabalho por divergências com a cliente, ele avalia que pelas
informações, o episódio se tratou de uma agressão, e não de um estupro, como
trouxe a denúncia relatada em Boletim de Ocorrência no sábado. A atual advogada
da vítima, Yasmin Pastore Abdalla, não retornou aos pedidos por entrevista.
A mulher que
denunciou Neymar por estupro gravou mesmo um vídeo do segundo encontro entre os
dois? O senhor teve acesso ao vídeo?
Eu tive acesso, não vi ele inteiro, porque a gente estava no
início da avaliação. Mas eu por não estar mais no caso, não posso comentar nada
a respeito dele. Seria uma falta de ética minha.
Por que o senhor não
está mais com o caso?
Quando o caso foi apresentado para mim, eu, analisando as
provas e tudo mais, e conversando com a cliente, entendi que o caso, por uma
questão técnica, que é uma prerrogativa minha como advogado, era de agressão.
Posteriormente, depois que eu renunciei ao caso, ela contratou uma outra
advogada e seguiu com esse capitulação de estupro.
Como teria sido a
agressão?
Pelo que eu tinha analisado, teria havido um consentimento
de haver uma relação normal entre homem e mulher, sem problema algum. Durante o
ato teria havido as agressões que sexual devem ser investigadas. Essa é a
diferença. Desde o início a minha estratégia foi evitar exposição pública. Toda
a minha condução do caso foi para isso.
Por que houve a sua
renúncia ao caso?
Eu não queria apressar as coisas e fazer de uma forma
midiática, que é a minha forma de atuar. Ela estava desconfortável, aflita,
abalada psicologicamente. Nós tivemos uma discussão sobre a estratégia do caso,
e ela fez umas considerações indevidas a meu respeito. Senti no momento que
tinha quebrado a relação de confiança entre advogado e cliente. O processo de
divergência começou porque ela queria fazer um boletim de ocorrência e fui
contra isso.
O senhor acredita que
a vítima pode ter mudado de versão quando procurou a outra advogada?
É uma questão técnica do advogado. Cada advogado tem uma
opinião diante dos fatos. A própria delegada também pode ter. Mas tudo isso
pode mudar depois. Mas na minha avaliação era um caso para ser de agressão.

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