FÉ: Uma vida notável
Leia
Daniel 1:1-21
Daniel
e seus três amigos estavam entre centenas de jovens que foram levados
prisioneiros por uma nação inimiga, a Babilônia. Eles foram arrastados de
suas casas, em Israel, para uma terra estrangeira com aproximadamente 1.330 km
de distância. Os comandantes do exército foram instruídos por
Nabucodonosor, rei da Babilônia, a escolher apenas os jovens de melhor
aparência e mais instruídos de Israel. Estes seriam alimentados no palácio
do rei e educados nos princípios culturais e religiosos da Babilônia. Foram
obrigados a aprender a língua do país opressor. O plano do rei era usá-los
no palácio para realizar tarefas importantes para seu governo.
Das
centenas de jovens que foram cativos, quatro deles se destacaram por serem
realmente dedicados a Deus. São eles: Daniel, Hananias, Misael e Azarias.
Tiveram seus nomes alterados para Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abednego,
por determinação das autoridades do império babilônico.
Vamos
examinar a vida notável de Daniel, que, embora vivendo numa nação pagã, se
manteve fiel a Deus. Nada se sabe acerca de seus pais, exceto o que pode ser
observado em sua vida e conduta. Ele foi evidentemente educado com esmero
e zelo desde criança para amar e obedecer a Deus e ser cortês e respeitoso com
as autoridades.
As
tentações enfrentadas - Quando os jovens chegaram à Babilônia, a primeira
coisa que ocorreu com eles foi ter os seus nomes mudados para nomes
babilônicos. Esses nomes tinham significados que davam honra aos falsos
ídolos daquela nação pagã. Eles realmente não poderiam fazer nada para que
essa alteração fosse feita. Observe, no entanto, que não importa qual o
nome que chamasse Daniel e seus três amigos, eles ainda são os homens de
caráter que sempre foram. A mudança de nome não afetou o amor e a
obediência deles a Deus. Não importa de que nome as pessoas o chamem, Deus
lhe pode conceder graça e sabedoria, a fim de que você seja
respeitado e tome posse de tudo o que Ele planejou para sua vida.
Outra
provocação que lhes fizeram foi uma dieta, que consistia em carne oferecida a
ídolos, e alimentos que geralmente eram considerados proibidos aos israelitas
comerem. Nada é dito sobre as centenas de outros jovens israelitas, que
estavam na mesma condição, mas possivelmente eles comeram dos alimentos
impuros. Daniel e seus três amigos estavam agora diante de um grande
desafio: Comer a comida que Deus disse para não comer. Acompanhar a
opinião popular do “não tem nada haver”. Recusando a comida do rei,
poderiam perder suas vidas. Se o encarregado da dieta não cumprisse a
ordem do rei, poderia perder a vida. Havia muito a perder por não obedecer
à ordem real. Seriam considerados rebeldes se declarassem que havia certos
tipos de alimentos que lhes eram vedados comerem.
Sendo
fiel – Daniel 1:8, afirma: “Daniel, contudo, decidiu não se tornar
impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu ao chefe dos oficiais
permissão para se abster deles.” Daniel estava determinado a,
independentemente dos resultados de sua decisão, tão-somente obedecer a
Deus. Não fazia diferença para ele se as pessoas zombariam, considerando-o
ultrapassado e quadrado. Ele não se preocupava se o servo
encarregado da dieta não o honrasse. Seu único interesse, seu
principal objetivo era agradar a Deus. Nada mais importava. Ele sabia
que obedecer a Deus poderia causar-lhe problemas com os babilônios, mas já
havia assumido o compromisso em seu coração, não no dia em que lhe ofereceram a
comida, nem no momento em que mudaram seu nome, e muito menos no dia em que foi
levado cativo, mas em algum momento, muito antes de tudo aquilo acontecer,
havia decidido que, não importando o que ocorresse em sua vida, obedeceria a
Deus.
Ele
e seus amigos, portanto, pediram que os alimentasse apenas de legumes e água
para beber. Depois de dez dias dessa dieta, apresentaram-se muito mais
saudáveis e bonitos do que todos os outros cativos. Então isso se tornou
sua dieta regular, e não se contaminaram.
A
recompensa pela obediência - Daniel e seus amigos foram abençoados por
Deus com muita sabedoria e entendimento. Eles se tornaram servos favoritos
do rei. Daniel recebeu o dom de interpretação de sonhos. Durante toda a
sua vida, Deus o abençoou. Devido a uma acusação injusta, o rei se viu
constrangido mais tarde lançá-lo em um covil de leões, mas o Senhor não
permitiu que as feras o devorassem. Deus deu a Daniel visões do futuro,
capacitando-o a profetizar acontecimentos vindouros, muitos dos quais ainda não
se cumpriram. Em face de sua firme disposição de obedecer ao Senhor, foi
instrumento divino para ser uma bênção nas vidas de outras pessoas. Não há
maior privilégio do ser humano que ser usado por Deus!
Amados,
sejamos como este moço, fiéis a Deus, não nos deixando contaminar pelas ofertas
do pecado, bem como pelas adversidades da vida, pois certamente contaremos com
a proteção e a bênção do Senhor.
Rev.
Liberato Pereira dos Santos
*O
autor é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
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