Corpo de Lúcio Mauro será velado no Theatro Municipal do Rio nesta segunda
O corpo de Lúcio Mauro será velado nesta segunda-feira (13)
no Theatro Municipal do Rio. O ator e humorista morreu
no fim da noite de sábado (11) aos 92 anos.
A cerimônia, aberta ao público, acontecerá das 9h às 14h.
Ainda não há informações sobre o enterro.
Lúcio Mauro estava internado na Clínica São Vicente, na Zona
Sul do Rio, havia cerca de dois meses, com problemas respiratórios.
O ator e humorista criou, dirigiu e protagonizou outras
dezenas de programas de humor na televisão, com destaque para "Balança Mas
Não Cai (1968), com releituras de quadros de sucesso da Rádio Nacional nos anos
1950.
Estreia na Globo
Em 1966, Lúcio Mauro estreou na Globo, no humorístico
"TV0–TV1", ao lado de Jô Soares, Agildo Ribeiro, Paulo Silvino e
outros, sob direção de Augusto César Vannucci.
Dois anos depois, criou e dirigiu na Globo o humorístico
"Balança Mas Não Cai" (1968), escrito por Max Nunes e Haroldo
Barbosa, e transmitido, ao vivo, até 1971.
O programa tinha o quadro Ofélia e Fernandinho, estrelado
por Lúcio e Sônia Mamede (1936-1990).
Já no programa de variedades "Alô Brasil, Aquele Abraço"
(1969), o comediante protagonizou um dos momentos mais inusitados de sua vida:
um dos apresentadores das atrações regionais, como representante da Região
Norte, ficou em último lugar em uma das competições e recebeu como castigo
lavar a cabeça da estátua do Cristo Redentor.
Outros papéis
O ator trabalhou no musical "Viva a Revista!"
(1969) e foi ator e diretor do programa de humor "Uau, a Companhia"
(1972). Quando "Balança Mas Não Cai" foi para a TV Tupi, nos anos
1970, ele acompanhou os colegas do programa e deixou a Globo por um tempo.
Voltou para integrar o elenco de "Chico City" no
fim da década. Ficou marcado como o diretor do ator canastrão Alberto Roberto,
interpretado por Chico Anysio. Em seguida, voltou a dirigir e atuar na nova
versão de "Balança Mas Não Cai" (1982) na Globo, sendo também diretor
de "A Festa é Nossa", semanal que tinha como cenário fixo a cobertura
de Ofélia e Fernandinho.
Ainda na década de 1980, Lúcio Mauro participou de
"Chico Anysio Show" (1982) e "Os Trapalhões" (1989),
revivendo com Nádia Maria a dupla Fernandinho e Ofélia. Em 1983, interpretou o
médium Chico Xavier no "Caso Verdade Chico Xavier, um Infinito Amor".
Em 1988, fez uma participação na minissérie "O Pagador de Promessas",
de Dias Gomes, como Dr. Quindim.
Na década de 1990, viveu Aldemar Vigário, da "Escolinha
do Professor Raimundo", sempre bajulando o professor interpretado por
Chico Anysio. Trabalhou em um episódio de "Você Decide" (1992), foi
do elenco de "Malhação" (1995), atuando como Dr. Palhares, pai do
Mocotó (André Marques), e atuou na novela infantil "Caça-Talentos"
(1996), com Angélica.
Em seguida, integrou o elenco de "Chico Total"
(1996). Em 1998, encarnou o bicheiro mafioso Neca do Abaeté na minissérie
"Dona Flor e Seus Dois Maridos", escrita por Dias Gomes com base no
romance de Jorge Amado. Viveu o advogado Nonato na segunda versão da novela
"Pecado Capital", de Glória Perez com base no original de Janete
Clair; atuou em um episódio de "Sai de Baixo"; e participou em "Meu
Bem Querer", de Ricardo Linhares.
A partir de 1999, Lúcio Mauro retomou personagens em
"Zorra Total". Refez o quadro Fernandinho e Ofélia, desta vez com
Claudia Rodrigues. Também integrava o elenco do programa seu filho, o ator
Lúcio Mauro Filho. Em março de 2001, o humorista voltou à nova temporada da
"Escolinha do Professor Raimundo", vivendo o popular Aldemar Vigário.
Nesta década, participou de "Os Normais", "A
Grande Família", "A Diarista", "Sob Nova Direção",
"Programa Novo", "Faça a Sua História" e "Zorra
Total". Neste último, em 2012, viveu o personagem Ataliba, um vovô
surfista, amigo de Gumercindo (José Santa Cruz), um senhor skatista. Os dois
tentavam conquistar moças no vagão do Metrô Zorra Total. A dupla reviveu a
parceria da estreia de Lúcio Mauro em humor na TV, em 1960.
Em 2007, participou de "Paraíso Tropical", de
Gilberto Braga, como Veloso. Em 2008, esteve na série "Casos e
Acasos" e na novela "A Favorita", de João Emanuel de Carneiro,
no papel de Sabiá. No remake de "Gabriela" (2012), viveu Eustáquio.
No penúltimo episódio de "A Grande Família" (2014), Lúcio Mauro
interpretou Rui, um amigo de Agostinho Carrara (Pedro Cardoso).
Sua filmografia tem "Terra sem Deus" (1963), de
José Carlos Burle; "007 ½ no carnaval" (1966), de Victor Lima;
"Redentor" (2004), de Claudio Torres; "Cleópatra" (2008),
de Júlio Bressane; e "Muita Calma Nessa Hora" (2010), de Felipe
Joffily.
Em 2008, o humorista estreou a peça "Lúcio 80-30",
dividindo o palco com Lúcio Mauro Filho, autor e diretor do espetáculo, e com
outros dois filhos, Alexandre Barbalho e Luly Barbalho.

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