Quarta fase da Operação Calvário cumpre mandados de prisão e busca e apreensão, na PB
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) desencadeou na manhã
desta terça-feira (30) a quarta fase da Operação Calvário, com o cumprimento de
um mandado de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão, deferidos
pelo desembargador Ricardo Vital. De acordo com MPPB, a Polícia Rodoviária
Federal (PRF) auxilia no cumprimento dos mandados. Essa fase da operação foi
deflagrada após depoimentos da ex-secretária de administração, Livânia Farias.
Conforme a PRF, são 53 policiais dos estados da Paraíba, Rio
Grande do Norte e Pernambuco. Os mandados são cumpridos em João Pessoa, Pitimbu
e Santa Terezinha, no Sertão paraibano.
A Operação Calvário investiga núcleos de uma organização
criminosa comandada por Daniel Gomes da Silva, que é acusado por desvio de
recursos públicos, corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, através de
contratos firmados junto a unidades de saúde da Paraíba, com valores chegando a
R$ 1,1 bilhão, possuindo atuação em outros estados, como o Rio de Janeiro.
A operação conjunta entre o Ministério Público da Paraíba
(MPPB) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu no dia 14 de
dezembro um mandado de prisão na orla de João Pessoa, na primeira fase da
Operação Calvário.
Daniel Gomes foi preso suspeito de chefiar a organização
criminosa, Michelle Louzada Cardoso, e outras nove pessoas detidas
preventivamente, entre eles Roberto Calmom, que estava em um hotel da orla de
João Pessoa. Ele é fornecedor da Cruz Vermelha.
A segunda fase da Operação Calvário foi deflagrada no dia 1º
de fevereiro de 2019 e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nas
cidades de João Pessoa e Conde, na Paraíba, além do Rio de Janeiro.
Foi cumprido um mandado de prisão contra Leandro Nunes - que
era assessor da Secretaria de Administração e foi exonerado recentemente - na
cidade de Itabaiana, na Paraíba.
Conforme mostrado em reportagem do Fantástico, Leandro
Nunes, ex-assessor de Livânia Farias, foi flagrado
recebendo um repasse de dinheiro dentro de uma caixa de vinho que
seria usado para pagar fornecedores de campanha.
A caixa foi entregue por Michele Louzzada Cardoso, que
atuava juntamente com Daniel Gomes, líder da organização criminosa, conforme o
Ministério Público. Desde 2016 até agora, o grupo teria desviado R$ 15 milhões
pelo país.
A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro
(MPRJ) levantou a suspeita de que o dinheiro entregue a Leandro Nunes era para
a campanha eleitoral de 2018.
Leandro
Nunes foi solto no início de março após um depoimento assumindo os fatos.
O Ministério Público da Paraíba, por meio do Grupo de
Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mandado de busca e
apreensão contra a secretária de administração da Paraíba, Livânia Farias, na terceira
fase da Operação Calvário, no dia 14 de março.
Outras nove pessoas também são alvo de mandados de busca e
apreensão em João Pessoa, Sousa e no Rio de Janeiro.
No dia 16 de março, a secretária de administração do Estado,
Livânia Farias, foi presa, em João Pessoa, quando retornava de Belo Horizonte.
O mandado também incluiu o sequestro de dois bens da
secretária, que seria um carro de luxo e uma casa no valor de R$400 mil,
localizada na cidade de Sousa.
A ex-secretária de administração da Paraíba, Livânia Farias
e outras cinco pessoas se tornaram réus na ação decorrente da Operação Calvário
da Polícia Federal e do Ministério Público da Paraíba, no dia 9 de abril.
Foto: Danilo Alves/TV Cabo Branco

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