Menino de 1 ano é abandonado pela mãe e resgatado em apartamento
Um menino de 1 ano e 3 meses foi abandonado em um
apartamento de um conjunto habitacional, no bairro de Afogados, na Zona Oeste
do Recife.
A partir de denúncias da comunidade, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar
resgataram a criança, deixada sozinha pela mãe, que seria usuária de drogas.
A Polícia Militar informou que foi acionada às 19h30 de
quarta-feira (30) para fazer o resgate da criança, no Conjunto Habitacional
Padre Miguel. A Polícia Civil informou que o Departamento de Polícia da Criança
e do Adolescente (DPCA) está investigando o caso.
A conselheira tutelar Sandra Eunice relatou ao G1, por
telefone, nesta quinta-feira (31), que o menino foi levado para um abrigo, no
Recife. Ela disse, ainda, que encaminhou o caso para a Justiça.
Segundo a conselheira, no apartamento foi encontrada uma
tornozeleira eletrônica de monitoramento de pessoas envolvidas em crimes.
Ela afirmou que a mulher, identificada como Flaviane
Firmino, chegou a ser presa em setembro de 2018 por envolvimento com drogas e
foi liberada por ter um filho menor.
Sandra disse, ainda, que, depois da prisão, Flaviane passou
a ser monitorada por meio da tornozeleira. A conselheira declarou que a mulher
não foi encontrada depois do abandono do menino.
O delegado Ademir de Oliveira, do Departamento de Polícia da
Criança de do Adolescente (DPCA), informou que entrou em contato com o Conselho
Tutelar e solicitou registros sobre o caso.
Ele disse, ainda, que ao receber a documentação vai abrir
procedimentos para investigar o abandono do menor.
“Também deveremos investigar o caso dessa tornozeleira
eletrônica que foi encontrada no apartamento. Se a mãe da criança quebrou o
equipamento e deixou de ser monitorada, isso significa quebra de condicional e,
por isso, poderemos pedir que ela seja presa”, comentou.
Segundo Sandra, o Conselho Tutelar monitora o caso da
família da criança há pouco mais de um ano. Ela informou que a mãe do menino,
de cerca de 20 anos, tem envolvimento com consumo e venda de crack.
“A situação dessa família é muito grave. Flaviane mora com
dois irmãos adolescentes, que também usam drogas, e foram deixados por uma tia,
depois da morte da mãe deles. Todos moram nesse apartamento, que foi doado pela
prefeitura”, comentou.
A conselheira contou que chegou a fazer um pedido para que
Justiça cuidasse do caso e providenciasse o acolhimento da criança.
“O menino apresenta sinais de que não é bem cuidado pela
mãe, que costuma sair de casa para usar e vender drogas”, acrescentou.
Procurado pelo G1, o Tribunal de Justiça de Pernambuco
(TJPE) informou não pode se pronunciar, uma vez que o caso envolve um menor de
idade.
O G1 também entrou em contato com a Secretaria de
Ressocialização de Pernambuco (Seres) e aguarda retorno sobre o pedido de
informações a respeito do monitoramento eletrônico de Flaviane Firmino.
Foto: Reprodução/Google Street View

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